sábado, 30 de junho de 2012

ARTE  D’ÁGUA

A água sob a ponte, escutando sonatas
Corre tranqüila, corre sem pressa
Escorre depressa enquanto se arrasta
É o ritmo das águas...

Não se apressam nem esperam
Estas silenciosas águas

As que despencam das encostas
E em altos tons se mostram
Parecem-se com os véus das noivas
São alvas e são charmosas

São as águas...

São as que lavam nossas mãos calejadas
São as que tiram nosso sono se geladas
São as claras, são as vivas, são aquelas
Que o artista utiliza em sua aquarela

Água do meu mar aberto
Descoberto...por meio das águas
Descubro que tua briga com as rochas
É antiga e salgada história de mágoas