quinta-feira, 18 de julho de 2013

PATÊ  DE  SARDINHA

Se você estiver sem sono
como eu no meio do outono,
numa hora bem silenciosa e fria
daquelas que esperam o amanhecer,
levante e faça um patê, um belo patê de sardinha.
Faça alvorada na cozinha abrindo a geladeira
e em sua porta pegue a maionese,
mergulhe uma colher de sopa em extrações generosas.
Ligue o rádio em volume baixo.
No armário deve habitar uma lata
desse peixe popular do qual prefiro
as embalagens simples, e é preciso salsa e cebolinha,
pra completar, azeite extra virgem, imaculado.
Que a mão e o garfo deixem tudo homogêneo,
cor e sabor, e um prato  na pia a ser lambido.
É quase perfeito o enredo
porque a padaria é breve da minha casa,
e o pão da aurora costuma fumegar.
É claro que é obrigatório espalhar na manhã
o aroma do café
e espalhar no corpo seu calor,
na boca sabor, de café,

de paixão e novo dia. 

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