quarta-feira, 27 de abril de 2011

FIO  DO  DESPREZO

Ela desembainhou seu afiado desprezo
a atirou no meu peito, sem cerimônia, sem pestanejar,
sem olhar, sem ao menos olhar

Sem movimento nenhum, sem fazer alarde,
assim já ficou tarde logo às nove da manhã. Ela me doeu,
sem olhar, sem ao menos olhar

E matou a pretensão que havia, que era tudo que cabia
no meu peito são. Sem abrir a boca disse; Não!
Sem olhar, sem ao menos olhar

Ela me assassinou no Parque da Cidade,
e toda grade que viu não enxergou quão grave era a minha desilusão,
que ela me deu sem esticar a mão, e nem ao menos olhar.

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