POEMA DE CINCO FACES
Café quente na garrafa, no peito
Fumaça alva que sai do preto
Calo na mão roçando o copo
Na chegada do leite, o dueto
O carro escondido no meio do mato
Pode ter um significado vasto
Mas algo me cheira o anúncio
Do que foi, já não é mais casto
Os lixeiros cantam suas rimas
Ao jogar dos sacos que vão
Quando não, fazem maratonas
Perseguem afoitos, o caminhão
Quando o dia cai muito tarde
Logo cedo aflora o inverno
Soprando arrepios e folhas
Aquecendo o lado fraterno
Quando falam que sou ‘de lua’
Das estrelas do céu aberto
Quem lhes dirá o contrário?
Somente um maluco, decerto
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