BALADA DO VENTRE
Quando eu me encontrava
Envolto em tua carne,
Deitado em sua bolsa
À parte dos toques frios
O que eu era? Era bobagem me precipitar
Quando eu estava em sono quente
Entalado em ventre
Estava vivo mas não sabia
Repousava dormente
E o que eu era? Era besteira me adiantar
Quando eu me moldava
Em tua forma a mim untada
Eu era impávido em tua morada
Era isso o que eu era
Um inocente numa quimera
Quando um dia eu pude
Me enterrei no seu colo
Mas o mundo rude a me desencavar
A cada tentativa vã de voltar
Quão inabalável era aquele lugar
Não seria de saudade esse falar
Nem é a verdade o meu intento
Tampouco eu que invento o fato
Invento amores, não o tempo
Mãe, por favor, prolonga esses momentos.
bom gosto musical.Parabéns pelo blog.
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