A COR E O GOSTO DO MEU TEMPO
O futuro é um árvore
Em formato de
interrogação
Sem época para dar
frutos
De uma vida certa ou
não
O presente é uma mesa
posta
Farta ou magra de
realização
E tudo o que ali me
olha
Diz que existe em
minha função
O passado é um saco de
adubo
Que levo, abro e sujo
minha mão
Com ela aro cada vez
mais fundo
É meu dever de casa,
minha lição
O presente, o passado,
o futuro
Vestidos de dias
claros e escuros
Já foram e serão
páginas brancas
Que a gente tinge e
borra de ilusão
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