sábado, 22 de setembro de 2012


SIMPLES COMO UM TOMATE

Gosto do gosto de tanta coisa,
do gostar de tudo um pouco também me abraça.
Do cheiro de terra molhada,
depois que a chuva visita uma praça, ou jardim qualquer.
E meu jardim tem rosa, arruda e tomate.

Me renova o sol da manhã no inverno,
e ficar sob ele até parecer que não tá frio,
até parecer que massageia os ossos...
os raios alcançam o que não alcança o inverno inteiro,
meu coração, minh’alma e o tomateiro.

Gosto do cheiro do meu molho
casado com o creme de leite,  sobre o macarrão,
com o queijo parmesão ralado na hora
em tiras longas, se espreguiçando entre a fumaça
com seus braços amarelos.

Gosto de pensar que a felicidade
é mesmo muito fácil, se planta
com a mão bem suja de terra e de perdão,
que a vida e os sorrisos são assim, sem outra forma que se relate,
simples, tão simples como um tomate.

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