terça-feira, 13 de março de 2012


UM  CAFEZINHO...

Eu estava próximo do balcão onde pedimos diversos,
onde amostras de massas tantas, sedutoras, nos extraem saliva.
A padaria.
Tem um comércio desses, de delícias diversas
na esquina da minha casa,
padarias daquelas que se impõem e ostentam o nome do bairro,
como que oficiais.
Meu guarda-chuva em punho, incômodo, ali comigo esperava,
frente ao balcão, cárcere de delícias.
A funcionária, dentro de seu uniforme vermelho e branco,
passou levemente,
e ao senhor que estava do meu lado perguntou: ‘Quer um cafezinho?’
Ao que o mesmo respondeu afirmativamente.
Hum, naquela tarde chuvosa cairia bem, mesmo naquela movimentação,
naquele entra e sai, um cafezinho...
e aquele senhor devia ser conhecido da funcionária,
ou ela ofereceria à mim também, um quem sabe fresco cafezinho...
Qualquer um aceitaria, imagino então aquele que avisto na avenida lá fora,
indiferente a chuva e protagonista da tarde, eis o catador de trecos,
imagine um caricato catador e adicione cinco amigos caninos, inseparáveis.
Esse protagonista da avenida abriria um sorriso para um bom cafezinho...
Bom, a balconista pescou minha atenção
e pedi à ela então o famoso pãozinho
que nunca foi francês, mas tava quentinho,
esperando encontrar em casa o que cheira longe, um cafezinho.

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