MATO
Cresce um mato em meu quintal
que não tem limite em seu desespero.
Cresce em cada vão do cimento
que se rende ao insistente apelo
Não mais incomoda o pé de mamona
que mais que a sombra, me faz pensar
- Que poder é esse da natureza,
que não permite nada em seu lugar?
Não há peso de concreto, nem ferro,
que tenha mais força que a vida.
Não me ocorre outra lógica, quiçá,
Desistir da vã procura da saída
Pois o imponente mato me afronta
Veloz e forte, tal qual um jaguar
Penso: - Que poder é esse da natureza,
que não permite nada em seu lugar?
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