quarta-feira, 31 de agosto de 2011


MATO

Cresce um mato em meu quintal
que não tem limite em seu desespero.
Cresce em cada vão do cimento
que se rende ao insistente apelo

Não mais incomoda o pé de mamona
que mais que a sombra, me faz pensar
- Que poder é esse da natureza,
que não permite nada em seu lugar?

Não há peso de concreto, nem ferro,
que tenha mais força que a vida.
Não me ocorre outra lógica, quiçá,
Desistir da vã procura da saída

Pois o imponente mato me afronta
Veloz e forte, tal qual um jaguar
Penso: - Que poder é esse da natureza,
que não permite nada em seu lugar?

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