sábado, 24 de setembro de 2011


CAMINHO DA ESCOLA

A garota segue para escola sozinha,
Dentro de seu porte de menina
Um caminho deserto, sem nada por perto
Uma estrada de terra, sinuosa e sozinha
Em seus altos e baixos termina
Em um novo começo sem fim
A garota não tem pressa
E caminha seus passos medidos
Não afrouxa mas não acelera
Por não saber se em algum lugar a esperam
Lancheira no ombro, um par de cadernos na mão
Expressão serena em um olhar para o chão
Cabeça inclinada, sem culpa, porém, pesada
A garota vai...
O clima é frio e o pensamento é distante
Quase sem endereço, sem mais adiante
A estrada persiste entre verdes gramados
Que assistem seu rastro assim desalinhado
Não há sol, não há chuva, não há casas
Nem um sopro de vento se arrasta
Apenas uma garota à caminho da escola

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