terça-feira, 27 de setembro de 2011


COMBUSTÃO  DA  ALMA

De repente chega o amor
Como uma luz que se acende
E nos deixa com os olhos semi-abertos
Muito pouco do tudo é o que se vê

De repente chega o calor
Como uma massa de ar vulcânica
Que nos faz enlouquecer
É a semente que germina e cresce
Lentamente faz doer

E não mais que de repente chega o pudor
Como a coisa que menos faz sentido
Pra quem ama, nem ao menos é ouvido
A vergonha não se inflama, desaparece

Daí que de repente permanece o ardor
Brasa ao vento que só faz aumentar
O desespero é o álcool que nos vaza
Em corrida frenética a nos calar
O amor assim acontece, sem nada inteiro ficar

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